Nunca consegui entender a morte, muito menos aceitá-la. Alguns dizem que é falta de fé. Não sei.
Tão contraditório pra mim. A morte faz parte da minha rotina, convivo diariamente com ela, mas ainda assim é incompreensível.
Muitas explicações são dadas de acordo com as mais variadas crenças. Ressurreição, reencarnação, renascimento.... Não sei no que acreditar. Seu impácto em mim é tão avassalador que não consigo abrir os olhos e esvaziar a mente pra tentar entende-la.
A voz, o abraço, o carinho, o olhar, o estar ao lado. Ou estar longe, mas saber que a presença é possível... isso não vai existir mais.
E agora? Fotos, lembranças, sonhos... balela, isso só confirma o vazio que fica em quem aqui fica. Um grande buraco vazio, onde a saudade e a dor tentam se esconder, mas quando menos se espera lá está ela, viva como nunca. A saudade viva, mas o motivo dela morto.
Muitas palavras poderiam descrever essa falta permanente - Injusto - ela me veio a cabeça e não quer dar lugar a outra.
...
Mas que ironia, algo que me faz tão mal, me ensina uma das coisas mais belas da vida: não basta amar, é preciso dizer, demonstrar, estar junto de alguma forma.
Não posso mais deixar para amanhã.
E quem sabe assim não fica mais fácil continuar vivendo quando o imutável acontecer?!
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