quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um pouco deste incrível escritor!

"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"

Caio F. Abreu

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

falta permanente

Nunca consegui entender a morte, muito menos aceitá-la. Alguns dizem que é falta de fé. Não sei.
Tão contraditório pra mim. A morte faz parte da minha rotina, convivo diariamente com ela, mas ainda assim é incompreensível.
Muitas explicações são dadas de acordo com as mais variadas crenças. Ressurreição, reencarnação, renascimento.... Não sei no que acreditar. Seu impácto em mim é tão avassalador que não consigo abrir os olhos e esvaziar a mente pra tentar entende-la.
A voz, o abraço, o carinho, o olhar, o estar ao lado. Ou estar longe, mas saber que a presença é possível... isso não vai existir mais.
E agora? Fotos, lembranças, sonhos... balela, isso só confirma o vazio que fica em quem aqui fica. Um grande buraco vazio, onde a saudade e a dor tentam se esconder, mas quando menos se espera lá está ela, viva como nunca. A saudade viva, mas o motivo dela morto.
Muitas palavras poderiam descrever essa falta permanente - Injusto - ela me veio a cabeça e não quer dar lugar a outra.
...
Mas que ironia, algo que me faz tão mal, me ensina uma das coisas mais belas da vida: não basta amar, é preciso dizer, demonstrar, estar junto de alguma forma.
Não posso mais deixar para amanhã.
E quem sabe assim não fica mais fácil continuar vivendo quando o imutável acontecer?!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Perguntas! Respostas?

Pessoas se escondem dos outros e de si...  tem medo dos próprios sentimentos, de amar, de demonstrar, medo de querer, de ser intenso.
Pessoas duras com o próximo, e... consigo mesmas.
E por que, eu pergunto? Por medo de sofrer, de chorar, de cair?
E daí, eu pergunto? Não sabe enxugar as lágrimas? Não tem pernas pra levantar?
Quando os seres humanos deixaram de ser tão humanos?
Até quando vamos aguentar essa vida pobre de contato verdadeiro?
Perguntas que não acho respostas... E enquanto isso aqui vai ficando cada vez mais frio.

Dias cheios

Meus dias são sempre cheios.
Cheios de nada ou cheios de tudo;
O sono é arrebatador ou a insônia castiga;
A multidão me preenche ou a solidão me dilacera... ou será o contrário?!
Dias cheios de sentimentos ou de um vazio que não acho o fim;
A preguiça pode chegar e não querer ir embora, ou a vontade de viver tudo me consumir;
As palavras podem ser tantas a ponto de não caberem nas frases, ou então um silencio tão grande que chega a incomodar;
De uma forma ou de outra meus dias estão sempre cheios...